sexta-feira, 20 de maio de 2011

Ministério da Saúde autoriza habilitação de quatro UPAS

Unidades funcionarão nos municípios de Pedro Leopoldo (MG), Cárceres (MT), São José do Rio Preto e Moji das Cruzes (SP)
O Ministério da Saúde autorizou, nesta quinta-feira ,(19), a habilitação de quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) nos municípios de Pedro Leopoldo (MG), Cárceres (MT), São José do Rio Preto e Moji das Cruzes (SP). As portarias habilitando as unidades foram publicadas no Diário Oficial da União. As UPAs funcionam 24 horas e funcionam como unidades intermediárias aos hospitais realizando atendimentos de urgência e emergência.


Outra questão é que elas têm o objetivo de reorganizar o fluxo do atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), pois grande parte dos atendimentos de urgência e emergência, como pressão e febre alta, fraturas, cortes, infarto e derrame podem ser resolvidas nestas unidades.
As unidades dos municípios de Pedro Leopoldo (MG) e de São José do Rio Preto (SP) são classificadas como de porte I, ou seja, possuem oito leitos e tem potencial para atender até 150 pacientes por dia. Já as unidades das cidades de Cárceres (MT) e de Moji das Cruzes (SP) são de porte II, que possuem até 12 leitos e recebem 300 pessoas diariamente. Ainda existem as UPAs de tipo III que apresentam estruturas de até 20 leitos e capacidade para atender até 450 pessoas por dia.
O Ministério da Saúde repassa o valor de R$ 1,4 milhão para a construção das unidades de tipo I e R$ 2 milhões para a de tipo II. Os valores são definidos de acordo com o porte de cada UPA, sendo que a tipo III recebe R$ 2,6 milhões. Há ainda o repasse para a manutenção das atividades, após a inauguração do serviço, que também varia de acordo com o porte de cada unidade.

Caso Palocci

A empresa de consultoria do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, faturou R$ 20 milhões no ano passado, quando ele era deputado federal e atuou como principal coordenador da campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República.
Segundo duas pessoas que examinaram números da empresa, o desempenho do ano passado representou um salto significativo para a consultoria, que faturou pouco mais de R$ 160 mil no ano de sua fundação, 2006.
No período, ele adquiriu dois imóveis pela Projeto – um apartamento de luxo em São Paulo no valor de R$ 6,6 milhões e um escritório na mesma cidade por R$ 882 mil.

terça-feira, 3 de maio de 2011

A importância da comunicação no setor de saúde e a relação médico mídia.

A importância da comunicação no setor de saúde e a relação médico mídia abriram os debates do primeiro dia do VI Seminário Nacional Médico Mídia, na última quinta-feira (28). O evento reuniu jornalistas e médicos de diversas regiões do país que discutiram, entre outros assuntos, como fortalecer o relacionamento entre esses profissionais.

O evento, aberto oficialmente pelo presidente da FENAM, Cid Carvalhaes, pelo presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto D’Ávila, e pelo secretário de Comunicação da FENAM, Waldir Cardoso, contou com a participação de jornalistas, médicos e estudantes de 17 estados brasileiros, além do Distrito Federal. Entre eles, Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Pará, Tocantins, Ceará, Alagoas, Pernambuco, Piauí, Goiás, Sergipe, Maranhão, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.
Durante a palestra “Quem não comunica se trumbica – a importância da comunicação na saúde, o jornalista Vandrey Pereira, repórter e apresentador de telejornais, apontou que as instituições devem se esforçar para falar com os profissionais de imprensa. De acordo com ele, a imprensa se preocupa mais em ouvir entidades e instituições que têm representatividade oficial. Em sua palestra Vandrey também disse que matérias de interesse público são prioridades para a imprensa, e por isso é uma das principais formas de se conseguir um espaço na mídia.

A jornalista Marion Monteiro, repórter de rádio e assessora de comunicação na área da saúde, falou sobre a importância do relacionamento entre médicos e jornalistas. De acordo com ela, os médicos têm de entender que os leitores, telespectadores e os próprios jornalistas são leigos nos termos médicos e que durante a entrevista termos técnicos devem ser evitados. “O jornalista não está acostumado com os jargões utilizados pelos especialistas. Os jornalistas, assim como os pacientes, querem que os médicos expliquem de forma clara as situações. Somos todos leigos”, explicou Marion.

No período da tarde, o papel da assessoria de comunicação no sucesso de uma empresa e entidade foi abordado pela jornalista Liseane Morosoni, consultora em comunicação para o terceiro setor.
Em seguida, uma simulação de entrevistas e dicas de como se apresentar ao ser entrevistado foram apresentadas pela jornalista Elza Gimenez, produtora de TV, que falou da importância do media training para dirigentes de entidades médicas. “O media training é uma das mais importantes ferramentas de comunicação. Não existe mais essa história de ‘eu não gosto de falar’. A partir do momento que determinado médico assume um posto de diretoria, ele recebe a incumbência de falar em nome da entidade e isso inclui o papel de falar com a imprensa”. Para Elza Gimenez, o entrevistado deve evitar roupas extravagantes e acessórios exageradoss para não desviar o foco da notícia. Frases claras e objetivas também devem ser adotadas durante as entrevistas.

Finalizando o primeiro dia do evento, o vice-presidente da FENAM, Eduardo Santana, mostrou o esforço da entidade para a criação de um selo que certifique a qualidade de informações apresentadas na internet. “Como saber se o site ou o blog que eu leio me traz informações seguras? O ‘Dr.Google’ é, sem dúvida, o ‘médico’ que mais informa, dá consulta e prescreve medicamentos no mundo. Isso é preocupante. A proposta do selo é qualificar a informação, atestar que aquilo é realmente divulgado por um médico”, defendeu Santana.

O VI Seminário Nacional Médico/Mídia, organizado pela Secretaria de Comunicação da FENAM, continuou nesta sexta-feira (29), discutindo os mitos e verdades no setor de saúde, a importância da qualidade da informação, transmitindo a informação de forma correta e eficaz. Como se fazer entender e que tipos de cuidados o entrevistado deve ter para que sua informação não seja interpretada de maneira errada.

Desiré Carlos Callegari, primeiro secretário do Conselho Federal de Medicina, e Florentino Cardoso Filho, diretor da Associação Médica Brasileira abriram o segundo dia do seminário falando sobre os mitos e verdades na área de saúde.

Em seguinda, a jornalista Pâmela Oliveira, repórter da editoria de saúde do jornal O Dia, abordou o tema e destacou a importância da transparência na transmissão da informação pelo médico ao jornalista. “O médico deve falar como se estivesse falando com seus pacientes”, disse ela, concordando com o que disse o palestrante anterior, Desiré Carlos Callegari, que afirmou que o médico, ao ser entrevistado, deve lembrar que aquela informação será transmitida a milhares de pessoas.

“Como transformar as entidades médicas em fontes confiáveis para a imprensa” foi o tema abordado pelo jornalista Marcelo Ahmed, produtor de TV. Ele falou sobre como o médico deve se comportar em uma entrevista para que o jornalista volte a procurá-lo como fonte. Marcelo Ahmed também elencou os assuntos que causam mais impacto nas editorias de saúde. Entre eles estão matérias de serviços, campanhas educativas, pesquisas e novas tecnologias. Assuntos sobre obesidade, hipertensão, epidemias, estética e doenças incuráveis chamam a atenção dos jornalistas.

No período da tarde, o médico Adolfo Paraíso, presidente do Sindicato dos Médicos do Maranhão, falou da relação médico/paciente para a mídia. Para o sindicalista, o ambiente de trabalho, a baixa remuneração e múltiplas jornadas de trabalho do médico influenciam na relação com o paciente.

Já o jornalista Marcos Cavalcanti, doutor em Informática pela Université de Paris, abordou o tema a mídia e as novas tecnologias – a importância do Twitter, Facebook, Orkut e outras mídias sociais no dia a dia do jornalista e do médico. De acordo com o especialista, o médico precisa aproveitar a nova era em que estamos vivendo, ou seja, a era do conhecimento, para trocar experiências com outros médicos. “O médico não pode se isolar em seu consultório. Precisa interagir, se comunicar em rede. Nenhum profissional pode deixar de participar desse processo, onde a inteligência competitiva é a chave para as grandes descobertas”, assinalou.

Fonte: Blog fala médico.